Introdução
Com o surgimento de novas variantes do Coronavírus e a possibilidade de prolongamento das medidas restritivas para a população, torna-se oportuno retomarmos a reflexão que fizemos anteriormente sobre o impacto do Covid-19 no setor de Private Equity (link). Desta vez indo ainda mais fundo, analisando os efeitos dessa crise sanitária nos resultados das companhias.
O ano de 2022 iniciou com surtos globais da variante Ômicron. Após dois anos de crise sanitária, governo e empresas já estão mais preparados. Ainda assim, no primeiro mês de 2022, as empresas sofreram com a redução inesperada de funcionários. Setores como o de logística ainda geram gargalos nas cadeias produtivas que devem perdurar ao longo do ano. A desaceleração da demanda, principalmente por serviços, também é um fator de preocupação que atrapalha sua recuperação. A isso soma-se a inflação acelerada global e o consequente aumento de juros no Brasil e no exterior.
Neste estudo mensuramos o impacto da primeira onda de Covid-19 sobre as demonstrações financeiras de uma amostra de 266 empresas investidas por Private Equity e Venture Capital (PE/VC) no Brasil. Apresentamos também dois estudos de caso. O primeiro sobre o impacto positivo no setor de Saúde e Cuidados Animais. O segundo sobre como a cia. de cuidados pessoais, Espaçolaser, negativamente afetada pela crise, transformou desafio em oportunidade.
Esperamos que as conclusões e cases permitam melhor entender o efeito da pandemia nas empresas privadas e que traga luz sobre os possíveis efeitos futuros de novas ondas e variantes da doença.
Boa leitura!
Metodologia
Para mensurar o impacto que a primeira onda do Covid-19 gerou no mercado de Private Equity e Venture Capital (PE/VC), foram selecionadas empresas que receberam investimento em qualquer ano e que continuavam no portfólio dos fundos em junho de 2020, ou que receberam investimento de fundos após esta data. Foram incluídas apenas companhias para as quais a Pebay possui demonstrações financeiras referentes ao triênio 2018-2020, evitando assim situações de companhias com resultados financeiros parciais nos anos de 2019 e 2020. Foram eliminadas da análise as companhias que não obtiveram receita positiva em qualquer dos três anos, bem como projetos imobiliários, fazendas e transmissoras de energia por conta de seus modelos de negócio que não necessariamente refletem oscilações do ambiente de negócios. Afinal, suas receitas são baseadas em contratos de longo prazo e períodos extensos de amadurecimento do investimento. A amostra obtida contém um total de 266 cias. que atuam em 33 setores da economia, das quais apenas pouco mais de 15 companhias listadas em bolsa.
Impacto em Receitas
A primeira onda da pandemia, em 2020, acelerou o processo de digitalização da economia mundial. Alguns setores se tornaram propulsores deste processo, enquanto outros tiveram que adaptar seus modelos de negócios diante do cenário adverso. A pandemia também mudou hábitos. Por exemplo, aumentou a importância de animais domésticos como companhia e ampliou a penetração do e-commerce em geral, inclusive de pet shops.
Dentre os investimentos de PE/VC no Brasil, o setor com maior crescimento percentual de receita líquida durante o primeiro ano da pandemia foi o de Cuidados Animais, com mediana de crescimento de 48,5%. O setor inclui tanto as companhias voltadas para saúde animal quanto as de acessórios para pets. Todas as empresas analisadas cresceram pelo menos 40% em 2020.
Na segunda posição, com mediana de crescimento de 42,8% está o setor de educação, que foi impulsionado pelo ensino à distância e pelas oportunidades de M&A que a pandemia proporcionou. Um exemplo é a Afya, empresa educacional voltada para ensino superior na área de saúde. Originalmente investida pela Crescera (antiga Bozano Investimentos) a companhia nasce como fruto da fusão da NRE Educacional e da Medcel em 2016. Em meados de 2019, a cia. realiza seu IPO na Nasdaq e levanta R$1,1 bi. Desde então adquiriu 14 companhias e start-ups de ensino superior de medicina. Com isso, o faturamento anual cresceu 60% em 2020 para R$1,2 bilhão.
Apesar do resultado positivo de 9 das 11 empresas de educação da amostra, há outras que não tiveram a mesma sorte. Exemplo disso são Cel-Lep e Prepona. A Prepona desenvolveu uma das maiores plataformas de avaliação educacional do Brasil. Em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), aplica e desenvolve testes em formato de múltipla escolha, dissertativa e oral para entidades públicas e privadas. Duramente afetada, viu sua receita cair pela metade em 2020.
Na terceira posição, com crescimento mediano de 34,4% no faturamento figura o setor de Serviços Financeiros. A redução dos juros, a prática de home-office e até o aumento do desemprego estimularam o maior interesse de pessoas físicas por investimentos em bolsas de valores. A Easynvest é um exemplo disso. A corretora digital foi originalmente investida pela gestora Advent. Foi adquirida pelo Nubank em 2020 devido ao seu alto potencial de crescimento e complementaridade com a proposta de valor do neobanco.
Um segundo fator que movimentou este mercado foi a necessidade de financiamento de diversas empresas e pessoas físicas durante o período mais restritivo da pandemia, beneficiando fintechs de crédito como a Bom para Crédito e consórcios digitalizados como a Conseg. O acesso digital a estes serviços se tornou essencial nos momentos mais críticos da pandemia, além de otimizar o atendimento a uma ampla variedade de clientes. Noventa por cento das cias. analisadas cresceram em 2020. Ainda assim, Suppliercard sofreu com queda de -10,9% em receita devido à redução do volume de direitos creditórios de cartão de crédito originados no primeiro semestre.
Tabela 1: Cinco setores mais impactados positivamente pela pandemia
No outro lado da moeda, alguns setores foram duramente impactados em 2020. Dentre eles hotelaria, academias, turismo, entretenimento e shopping centers. São setores que dependem muito da presença física de clientes. As restrições sociais impediram por meses a operação destas companhias. Exemplo disso é a Smartfit que enfrentou queda de 36% em faturamento. No entanto, conseguiu se financiar mediante captação privada de R$180 milhões para expansão e IPO em julho de 2021. Já a Bluefit, concorrente no setor de academias e também investida de PE, cancelou seu IPO devido a condições adversas de mercado.
Nos setores afetados negativamente há empresas que, por seu posicionamento diferenciado, conseguiram se destacar com forte crescimento. É o caso da Ubook, líder no segmento de streaming de audiobooks, podcasts, revistas e jornais em áudio na América Latina. Embora seu setor tenha sofrido com fechamento de lojas, falências de companhias, a empresa cresceu 41% em 2020 surfando as mudanças de hábitos de leitura da população.
Tabela 2: Cinco setores mais impactados negativamente pela pandemia
Dentre os cinco setores mais afetados negativamente também está o de serviços de beleza, aqui representado apenas pela Espaçolaser. Concentrada em shoppings centers, viu redução de 19,4% em seu faturamento. No entanto, viu a oportunidade de recompra de franquias para aumento de sua eficiência operacional. Para isso, realizou seu IPO em fevereiro de 2021, o que possibilitou a saída parcial do fundo de PE. Além disso, acelerou a implementação de seu sistema omnicanal.
Impacto em Endividamento
Durante a primeira onda de Covid-19, diversas empresas buscaram soluções para financiar a manutenção das suas operações ou o processo de transformação de seus negócios. A Selic mantida a 2% a.a. entre os meses de agosto de 2020 e janeiro de 2021 abriu uma janela de oportunidade para captação a taxas mais atraentes. A seguir apresentamos a evolução do endividamento dos 10 setores com maior aumento de alavancagem em termos percentuais em 2020.
Para mensurar o nível de endividamento das empresas, selecionamos uma subamostra dos dados iniciais, contendo apenas as empresas com dívida líquida e EBITDA positivos no ano de 2019, uma vez que optamos por utilizar como base a geração de caixa do ano anterior ao Covid-19. A subamostra contém 153 cias. de 30 setores. O cálculo da dívida líquida incluiu os montantes investidos pelos fundos de investimento, buscando minimizar o efeito caixa da parte primária de tais operações e tornar a análise coerente em relação ao objetivo de mensuração da necessidade de capital pela qual estas cias. passaram. Ainda assim, não é possível anular o efeito total de aumentos de capital devido à possível parcela secundária (compra de participação de sócios) dos investimentos feitos pelos fundos e a existência de acionistas outros que os fundos de PE participando desses aumentos de capital.
O segmento de academias despontou com aumento significativo no indicador de endividamento Dívida Líquida (2020) / EBITDA (2019). Smartfit e Bluefit recorreram a novos empréstimos para manter as operações em 2020. O nível de endividamento dessas cias. em 9,5x EBITDA de 2019 é considerado elevado, representando risco em um cenário de prolongamento das medidas restritivas e de receio por parte da população em praticar esportes em ambientes fechados.
O Agronegócio, por sua vez, passou por um cenário diferente. O aumento do endividamento teve como origem a possibilidade de expansão devido à elevação do valor das commodities agrícolas e câmbio vantajoso para exportação. Yes, Agrogaláxy e Gênica foram as empresas com maior aumento do indicador no período, respaldado por crescimentos de 37%, 82% e 108%, respectivamente.
Gráfico 1: Dez setores com maior ampliação do endividamento
No setor de aluguel de equipamentos, o aquecimento da construção civil e as interrupções da cadeia de suprimentos global durante o ano de 2020 geraram aumento da demanda. Um caso marcante foi a escassez de chips de computador que afetou diretamente o mercado de veículos. Este gargalo impulsionou o crescimento do setor de locação de equipamentos, beneficiando principalmente as empresas que detinham frota suficiente para acomodar o crescimento da demanda. Exemplo disso é a Armac, que aluga plataformas elevatórias, caminhões, tratores etc. Sua dívida líquida aumentou de R$66 milhões para R$203 milhões em 2020, visando suprir o crescimento previsto para os próximos anos. Além disso, recebeu aporte primário de R$75,5 milhões da Gávea Investimentos em 2020.
Impacto em margem EBITDA
Para analisar a evolução da margem, dividimos as companhias conforme tamanho, baseado no faturamento do ano de 2019. Foram formados quatro grupos de igual tamanho. O 1º quartil com empresas de menor porte, com faturamento inferior a R$55 milhões. O 2º quartil contempla empresas com faturamento entre R$55 e R$160 milhões, o 3º quartil com empresas com faturamento entre R$160 e R$600 milhões e o 4º quartil com empresas faturando acima de R$600 milhões.
As empresas analisadas mantiveram margem EBITDA praticamente estável, com ganho mediano de apenas 0,89 pontos percentuais (p.p) em 2020. Esse número contrasta com o ganho mediano de 1,74 p.p. de margem obtido em 2019, quando houve aumento de margem em todos os quartís de tamanho.
Tabela 3: Variação de Margem EBITDA por tamanho
O 1º quartil foi o que apresentou maior mediana de crescimento durante a pandemia (2,37 p.p.). Ainda assim, inferior aos 4,18 p.p. do ano anterior. Já o 2° quartil, teve o menor ganho de eficiência em 2019 (0,56 p.p.), mas viu um aumento mediano de 1,38 p.p. durante o primeiro ano da pandemia.
O grupo de empresas de menor porte contempla principalmente aquelas de Tecnologia (17,2%) e Serviços Financeiros (10,9%), setores que, em geral, foram beneficiados pela pandemia, com mediana de margem crescendo 4,7 e 9,6 p.p., respectivamente. Além disso, 56% do grupo tem investimento de VC, que por natureza aloca capital em teses inovadoras, com alto potencial de crescimento e ganhos de escala.
Tabela 4: Concentração setorial e variação de Margem EBITDA
Os demais quartis apresentaram crescimentos menores, indicando maior dificuldade de ganho de margem em momentos de choque econômico. Nestes quartis, a tese de Private Equity é parte relevante na amostra (61%). Os setores de energia, hospitais e saúde, bem representados neste grupo, conseguiram manter margens. O último quartil conta com empresas com maior oportunidade de consolidação de mercado e com mais fácil acesso a capital, incluindo exemplos que realizaram IPO durante a pandemia como a Agrogalaxy, Petz, Oncoclínicas e Hidrovias do Brasil.
Box 1: Estudo de Caso – Cuidados Animais Dentre os setores que mais se destacaram está o de Cuidados Animais, com crescimento acima de 40% no ano. Inclui tanto empresas com soluções para animais de estimação (pets) quanto para animais de produção (ex. pecuária). As empresas analisadas apresentaram crescimento mínimo de 40% em 2020. Por um lado, cresceu a importância de pets como companheiros durante a pandemia. Por outro, o Real desvalorizado contribuiu para a exportação de produtos agropecuários. Houve também aumento do reconhecimento do Brasil como exportador de insumos e medicamentos para saúde animal para países vizinhos na América Latina. Com isso o setor prosperou. Exemplo disso é a J.A. Saúde Animal, investida desde 2015 pela gestora CRP, gestora pioneira em Private Equity e Venture Capital no Brasil, com mais de 35 anos de experiência, e 10 fundos focados do Seed Capital ao Growth Capital. Durante o ano de 2020, a cia. apresentou taxa de crescimento da receita anual equivalente a 48,5%. Desde a entrada da CRP este foi o maior crescimento da companhia em um ano. Outra empresa que atua no mesmo ramo e que também já foi alvo de investimento de PE é a Ourofino Saúde Animal. A cia. que realizou seu IPO em 2014, atua no desenvolvimento de vacinas e medicamentos para a pecuária e para animais de estimação. De acordo com o release do 3T21 da Ourofino, no acumulado de 9 meses, o segmento de animais de companhia apresentou cresceu 31%, quanto o de animais de produção cresceu 23%, o que demonstra a tendência de crescimento do mercado de pets e seu maior dinamismo para desenvolvimento de novos produtos. Enquanto na pecuária, o uso de mais medicamentos deve necessariamente estar atrelado ao ganho de produtividade e ao retorno financeiro para o pecuarista, no ramo de animais de estimação o crescimento do poder aquisitivo permite dedicar uma fração maior da renda para os cuidados com os pets, que se tornam “membros da família”. De fato, a primeira onda da pandemia aumentou o tempo de convívio das famílias com seus animais de estimação, o que impulsionou o crescimento do setor. A Petz, por exemplo, se destaca por ter realizado seu IPO em Setembro de 2020. Fundada em 2002, contou com investimento do fundo de growth capital internacional Warburg Pincus em 2013. A parceria trouxe novas estratégias para o fortalecimento e expansão da marca, inclusive para sua digitalização, permitindo a consolidação do mercado Pet no Brasil. O lançamento do seu e-commerce em 2019 foi fundamental para que a marca continuasse sua expansão com a robustez necessária para a abertura de capital na bolsa de valores em 2020. Segundo release do 3T21, 31% da receita da cia. é hoje originada pelo e-commerce. A empresa cresceu 51% sua Receita Líquida na comparação com o acumulado de 9 meses de 2020. Em relação aos movimentos de M&A do setor, em dezembro de 2021 a Petz fechou a transação de compra da totalidade das ações da Zee.Dog, plataforma de venda de acessórios e ração para cães e gatos, que também recebeu investimentos privados das gestoras DXA, Treecorp, Quartz Investimentos e Atmos Capital. A transação demonstra as oportunidades existentes neste mercado, ainda pouco consolidado no Brasil. |
Box 2: Estudo de Caso – Espaçolaser Em 2004, 3 empreendedores fundaram a Espaçolaser com o objetivo de montar um negócio de depilação a laser único e escalável ao longo do tempo. Pioneiros em um mercado pouco explorado no Brasil, se tornaram referência no serviço de depilação a laser com alcance nacional. Em 2015 iniciaram estratégia de abertura de franquias em parceria com a Xuxa Meneghel e José Carlos Semenzato. Em um ano venderam 120 franquias, aumentando sua base de lojas em 4 vezes. O ano de 2016 marcou a entrada da L Catterton na companhia. A gestora é reconhecida pela construção de marcas de consumo fortes em mais de 17 países e foca no crescimento e consolidação destas empresas. Realizou investimentos no Brasil em companhias como Grupo St. Marche, Petlove, OdontoCompany e Femme. O aporte inicial de R$158 milhões para aquisição de 33% da empresa serviu para reforçar a estrutura corporativa da cia. e expandir por meio da recompra das franquias de melhor desempenho. O investimento gerou crescimento e internacionalização da companhia, que hoje conta com mais de 680 lojas, incluindo 25 unidades em outros países da América Latina. Em fevereiro de 2021, a cia. Realizou IPO na B3. O Equity Value pre-money da cia. foi avaliado em R$2 bilhões, com a ação precificada a R$17,9. Após 1 ano, a ação acumula queda de 27%. O evento de liquidez permitiu a redução da participação do Fundo, que passou a ser de 9,23%, e gerou um montante financeiro de R$500 milhões pela venda da participação de 20%, segundo o prospecto. Considerando o preço por ação de R$5 em fev/2022, a transação está a um múltiplo de 3,9x. A abertura de capital após o primeiro ano de pandemia demonstrou que havia investidores com apetite por empresas de novos de setores, mesmo em um cenário pouco favorável para a companhia, que apresentou redução de faturamento na ordem de 20% e queda de 6 pontos percentuais na margem EBITDA para 24%. A empresa utilizou os recursos da emissão primária no projeto de recompra de franquias de alto desempenho para melhorar a gestão e as margens do negócio. |
Considerações finais
O impacto do Covid-19 e suas variantes ainda são sentidos em setores como os de serviços, entretenimento e turismo. Especialistas projetam o restabelecimento de cadeias logísticas apenas para 2023, fator de preocupação em relação à geração de receita e manutenção de margens em setores altamente dependentes de importação de suprimentos como chips, maquinário ou matérias-primas. Nos EUA, o crescimento de casos de Covid-19 desde dezembro e aumento da preocupação com o controle da inflação (a maior dos últimos 40 anos), contribuíram para que o FMI reduzisse a expectativa de crescimento do país de 5,2% para 4% no ano de 2022. O aperto monetário e a cautela em relação à expansão fiscal, tornarão a recuperação mais prolongada, ao reduzir a retomada da confiança dos consumidores.
Para o setor de private equity, nota-se que mesmo com desafios diversos os investidores de bolsa se mostraram dispostos a apostar em empresas de setores que não tinham representatividade em bolsa. Casos como Espaçolaser, Smartfit e Armac são exemplos de como os fundos de private equity tiveram papel fundamental para que essas cias. pudessem melhor enfrentar os desafios de uma crise que atingiu duramente seus setores.
Em comparação com 2020, a pressão inflacionária (e os juros mais elevados) é o novo desafio a ser considerado. Afeta principalmente as empresas e setores com maior dificuldade de repassar a inflação de custos para os seus consumidores, como varejo e e-commerce. Esse desafio se torna ainda maior com o aumento do endividamento das empresas que tomaram crédito como forma de manutenção da operação durante a pandemia. O aumento do indexador dessas dívidas (CDI, Selic ou inflação) pode pressionar o serviço da dívida e colocar tais empresas em situação preocupante. A depender da extensão deste problema, o risco de crédito para o mercado pode ampliar-se significativamente.
No mercado privado, isso pode significar desafios tanto para os investimentos de infraestrutura que foram viabilizados por meio de dívida, quanto para os investimentos de growth equity que eventualmente foram realizados a preços mais elevados. E para os investimentos feitos em companhias de varejo, segue as preocupações em torno de como juros maiores e menor crescimento do PIB podem retrair o consumo, principalmente o não-discricionário.
A pandemia se tornou um divisor de águas para o mundo dos investimentos, acelerando movimentos que geram e destroem valor nas empresas. Vimos como empresas que se anteciparam a digitalização de seus negócios tiveram melhores resultados. A resiliência dos negócios para enfrentar choques, contornar desafios e se proteger das grandes variações macro também subiu na prioridade dos investidores. Tornou-se mais importante um entendimento mais frequente e pormenorizado do padrão de comportamento dos consumidores para compreender o que volta ao normal e o que se manterá em um “novo normal”.
Investidores e empresários que melhor compreenderem esses movimentos e desafios tendem a navegar melhor por esse mar revolto adiante e aproveitar as oportunidades que vêm com as crises.
Acreditamos que nos desafios estão as oportunidades. Entenda como a inteligência de mercado da Pebay pode potencializar seus investimentos.
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